Apesar de ser pouco divulgado, é preciso saber que o tumor na pálpebra é uma doença que existe e que merece atenção.
Inclusive, ele é um importante indicador da importância de se consultar regularmente o oftalmologista. Isso porque, muitas vezes, o tumor palpebral pode ser confundido com outras condições, como o terçol, o que faz com que o seu diagnóstico seja tardio.
Como este é um assunto de saúde pública, preparamos este conteúdo para elucidar todas as questões acerca dele. Continue acompanhando!
Quais são os tipos de tumor na pálpebra?
De modo geral, existem dois tipos de tumores palpebrais: os benignos e os malignos.
Tumores benignos
Essas lesões acometem com mais frequência os pacientes jovens e as pálpebras superiores. Além disso, possuem crescimento lento, não apresentam ulceração ou sangramento e não interferem no crescimento normal dos cílios, diferentemente dos tumores malignos.
A depender da sua causa, eles podem ser classificados em:
- Papilomas (verrugas)
- Tumores vasculares
- Queratose seborreica
- Cistos
- Nevos (pintas)
- Xantelasma
Como são benignos, eles não possuem a necessidade de serem retirados, apenas por questões estéticas, ou seja, quando o paciente expressa essa vontade.
Tumores malignos
Já os tumores malignos acometem, geralmente, pacientes com mais de 40 anos, sendo a maioria brancos e que se expuseram ao sol ao longo da vida.
Mas, além da exposição ao sol e da cor da pele, outros fatores de risco são a radioterapia, o tabagismo e as peles que já foram acometidas anteriormente por outro tumor.
O mais comum é que as lesões malignas acometam as pálpebras inferiores e o canto medial. No entanto, pálpebras superiores e o canto lateral também podem ser acometidos.
Entre os tipos de tumores malignos, o carcinoma basocelular é o mais comum, correspondendo a 90% de todas as lesões malignas. Mas, além dele, existem também o carcinoma espinocelular, o carcinoma das células sebáceas e o melanoma.
Nesse sentido, os principais sintomas que indicam a malignidade são:
- Crescimento acelerado
- Ulcerações
- Sangramentos
- Nódulos
- Perda de cílios
- Vasos na lesão
- Lesão com bordas irregulares e pigmentação heterogênea
É muito importante se atentar para qualquer um dos sinais mencionados anteriormente. Isso porque, se diagnosticadas tardiamente e/ou não tratadas da maneira correta, as lesões malignas podem invadir o globo ocular e a órbita.
Como é feito o tratamento de tumor palpebral?
O primeiro passo para iniciar o tratamento do tumor palpebral é procurar a ajuda de um oftalmologista assim que você perceber uma verruga, caroço ou uma “simples” elevação ao redor dos olhos.
Sim, ainda que você não apresente os sintomas de malignidade que listamos anteriormente, é importante procurar um especialista, pois algumas lesões malignas podem, inicialmente, se parecer com as benignas.
No consultório, o oftalmologista realizará o exame clínico, no qual levará em consideração diversas características da lesão, como tamanho, formato, aparência e cor, além dos demais sinais que podem estar evidenciados.
Aqui, o profissional já terá uma noção sobre a condição do paciente. No entanto, para confirmar o diagnóstico, ele realizará uma biópsia para que a lesão seja analisada em laboratório.
Caso o tumor na pálpebra seja benigno, então o tratamento é simples. Basicamente, será necessário acompanhar periodicamente a sua evolução. A cirurgia para remoção apenas será indicada caso comprometa o funcionamento da região ou se o paciente assim desejar por questões estéticas.
Já se a lesão for maligna, então o tratamento será necessariamente cirúrgico. Além disso, é necessário realizar o exame anatomopatológico, que será responsável por averiguar se o tumor foi completamente removido.
Portanto, em caso de qualquer alteração nas pálpebras, não hesite em procurar o quanto antes um oftalmologista. Para isso, você pode entrar em contato com a Clínica Dr. André Borba, que possui especialistas preparados para atender às suas necessidades!
Perguntas frequentes
O que pode ser um caroço na pálpebra do olho?
Um caroço na pálpebra do olho pode significar inúmeras condições, desde um simples calázio – que ocorre devido a uma inflamação nas glândulas sebáceas – até um tumor palpebral (benigno ou maligno).
Por isso, é importante consultar um oftalmologista assim que surgir o caroço, para que ele realize o diagnóstico preciso e, assim, inicie com o tratamento indicado.
Quais são os primeiros sintomas de câncer no olho?
O câncer no olho é diferente do câncer nas pálpebras. Afinal, enquanto o tumor palpebral ocorre apenas nas pálpebras, o tumor no olho pode afetar córnea, retina, conjuntiva, nervo óptico, entre outras estruturas oculares.
Em seu estágio inicial, o câncer no olho pode não apresentar sintomas. No entanto, quando mais avançado, pode apresentar os seguintes sinais: mudança no tamanho ou forma da pupila; dificuldades para enxergar; sombras e manchas na visão; manchas escuras na íris; e dor na região.
Referências bibliográficas
- Tumores palpebrais. Manual MSD. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-palpebrais-e-lacrimais/tumores-palpebrais>. Acesso em: 28 ago. 2023
- BORBA, André. Desenhando um novo olhar – A tão sonhada cirurgia plástica das pálpebras/Guia médico completo sobre a blefaroplastia. Disponível em: <https://www.livrarialoyola.com.br/produto/desenhando-um-novo-olhar-a-tao-sonhada-cirurgia-plastica-das-palpebras-guia-medico-completo-sobre-a-blefaroplastia-707831>.
