Com sintomas semelhantes aos da conjuntivite, como coceira e vermelhidão, a blefarite é um outro tipo de inflamação muito comum entre as pessoas.
A boa notícia é que ela não é contagiosa, mas, assim como outras condições oculares, precisa de tratamento e atenção.
Se você nunca ouviu falar da blefarite, continue acompanhando este post para entender tudo sobre o assunto e conseguir agir caso desenvolva os seus sintomas. Boa leitura!
O que é blefarite?
A blefarite é uma inflamação não contagiosa que acomete as bordas das pálpebras. Ela pode ser causada por infecções, alergia ou algumas doenças cutâneas.
O paciente que desenvolve essa inflamação fica com as pálpebras vermelhas, inchadas e irritadas. Além disso, a região descama e coça.
Convém mencionar que, a depender da sua localização, a blefarite pode ser posterior ou anterior. Na blefarite posterior, a condição atinge a borda interna das pálpebras e, portanto, entra em contato com o globo ocular. Já na blefarite anterior, a enfermidade acomete a borda externa das pálpebras, região em que nascem os cílios.
Qual é a causa da blefarite?
As causas da blefarite são variadas. A seguir, listamos algumas das principais para você conhecer:
- Infecções bacterianas na região das pálpebras
- Infecções virais (como herpes)
- Reações alérgicas a variados itens (maquiagem, cosméticos, colírios, etc)
- Doenças cutâneas (como dermatite seborreica, rosácea e dermatite atópica)
- Obstrução ou inflamação das glândulas sebáceas na borda das pálpebras
Além das causas acima, saiba que pessoas com câncer de pálpebra e portadores de uma doença autoimune que causa cicatrizes na conjuntiva e na córnea – penfigoide da membrana mucosa ocular – também podem desenvolver a blefarite crônica.
No entanto, existem situações em determinados pacientes em que não é possível descobrir a causa da blefarite.
Quais são os sintomas de blefarite?
Como mencionamos, alguns dos sintomas da blefarite se confundem com os da conjuntivite. Afinal, ambas são inflamações na região dos olhos.
Nesse sentido, os sintomas dessa condição são:
- Sensação de queimação nos olhos
- Sensação de areia nos olhos
- Coceira na região
- Vermelhidão na borda das pálpebras
- Sensibilidade à luz intensa
- Descamação das pálpebras (como se fosse caspa)
- Dor nos olhos
- Lacrimejamento excessivo
- Inchaço nas pálpebras
- Pus na base dos cílios
- Olhos secos
- Adesão de crosta nas bordas das pálpebras
É comum que os sintomas da blefarite sejam mais intensos ao despertar, uma vez que, durante o sono, há a produção de secreções que secam e, assim, fazem com que as pálpebras permaneçam unidas.
Vale dizer que um paciente que está com blefarite não necessariamente vai apresentar todos os sintomas listados acima. Tudo vai depender do estágio da enfermidade.
Apesar do grande desconforto sentido, felizmente são raros os casos em que essa condição afeta a córnea ou prejudica a visão de forma permanente.
O que fazer para aliviar a blefarite?
Como deu para perceber, os sintomas da blefarite podem incomodar bastante. Nesse sentido, existem algumas medidas que podem ser adotadas para aliviá-los, como:
Higienizar as pálpebras
É necessário limpar as pálpebras de uma a duas vezes por dia. Para isso, utilize uma solução específica receitada pelo oftalmologista. Do contrário, isto é, se você utilizar produtos sem recomendação, pode agravar o problema.
Além disso, utilize um cotonete umedecido para conseguir higienizar os cílios também.
Essa limpeza frequente tem como finalidade remover as crostas da região, além de bactérias e o excesso de óleo.
Fazer compressa mornas
Outra dica simples que ajuda a aliviar a blefarite são as compressas com água morna. Para isso, utilize algodão ou bolsas térmicas aquecidas. Sua finalidade é amolecer as secreções na região das pálpebras, reduzir a inflamação e melhorar a circulação sanguínea.
Inclusive, esse é um passo que vai ajudar na hora da higienização. Por isso mesmo, repita o procedimento várias vezes ao dia, sempre antes da limpeza, deixando a compressa agir por cerca de 5 a 10 minutos.
Mas, atenção: a água deve ser morna, e não quente. Do contrário, ela pode piorar a descamação da pele provocada pela blefarite.
Como tratar blefarite?
Além de seguir as dicas que listamos anteriormente – de higienização e compressas, o tratamento da blefarite requer outros cuidados.
Mas, para isso, é imprescindível que você passe por uma consulta com um médico oftalmologista, que realizará o diagnóstico preciso e indicará os medicamentos necessários.
A consulta médica é fundamental para que seja descoberta a causa do problema e, assim, o especialista possa tratar a raiz da enfermidade.
Assim, de um modo geral, é possível que o médico receite:
- Pomada ou colírio antibiótico (no caso de blefarite causada por infecção bacteriana)
- Corticoides
- Colírios com lágrimas artificiais
- Medicamentos para controlar a produção de óleo (no caso de blefarite causada pela produção de óleo excessiva das glândulas sebáceas)
É imprescindível procurar um oftalmologista quando surgirem os primeiros sintomas. Isso porque, apesar de ser uma inflamação relativamente simples, se não tratada de forma adequada, ela pode evoluir para quadros oculares mais graves.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você! Saiba que, assim como ele, existem outros artigos em nosso blog que falam sobre outras condições nos olhos, que são importantes de serem conhecidas para que você cuide da sua saúde ocular!
Além disso, também temos artigos que falam sobre tratamentos estéticos e funcionais na região dos olhos, como as pálpebras.
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Referências bibliográficas
- Blefarite. Manual MSD. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-das-p%C3%A1lpebras-e-das-gl%C3%A2ndulas-lacrimais/blefarite>. Acesso em: 14 ago. 2023
